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Rio de Janeiro,05/09/2025

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Concluir EJA aumenta chances de trabalho com carteira assinada e melhora renda de jovens em quase R$ 100, revela pesquisa

g1.globo.com
Concluir EJA aumenta chances de trabalho com carteira assinada e melhora renda de jovens em quase R$ 100, revela pesquisa


As letras que têm nomes diferentes no 'ABC do Nordeste'
Quem conclui a Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem melhores condições no mercado de trabalho, como formalização do vínculo empregatício e melhora na renda. É o que revela a pesquisa inédita "Educação de Jovens e Adultos: Acesso, Conclusão e Impactos sobre Empregabilidade e Renda", divulgada nesta quinta-feira (4).
✏️ EJA é uma modalidade de ensino focada em pessoas a partir dos 15 anos que não concluíram o ensino fundamental ou médio na idade regular. A proposta é viabilizar a formação nas etapas em um tempo reduzido, já que o diploma pode ser obtido em até 2 anos, a depender do nível de ensino desejado.
O estudo — que é resultado de uma parceria entre a Fundação Roberto Marinho e o Itaú Educação e Trabalho, com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2014 a 2022, — ainda mostra que:
jovens de 19 a 29 anos que concluem a EJA aumentam em 7 pontos percentuais suas chances de conseguir um emprego formal, e
eleva uma renda média de R$ 1.372 para R$ 1.474, um aumento de 4,5%.
Entre 19 e 24 anos, a probabilidade de formalização aumenta para 9,6 pontos percentuais, e
a renda mensal aumenta de R$ 1.302 para R$ 1.400, uma valorização de 7,5%.
Além disso, a pesquisa reforça que o impacto do diploma de ensino médio da EJA é imediato, já que esses efeitos foram observados em um intervalo de 1 ano após a conclusão da etapa.
Programa EJA Profissionalizante EAD, em Palmas
Divulgação/Sesi
Rosalina Soares, superintendente de Conhecimento da Fundação Roberto Marinho, avalia que a EJA possui funções "reparadora, equalizadora e qualificadora" que são válidas e urgentes, como mostra o estudo.
Concluir a EJA gera resultados imediatos e concretos na vida das pessoas: abre portas para empregos formais, amplia a renda e fortalece perspectivas de futuro. Mas, diante da magnitude do desafio educacional brasileiro, apenas políticas públicas consistentes e contínuas poderão garantir que a modalidade cumpra plenamente seu papel transformador.
Matrícula e permanência em queda
Apesar dos benefícios atrelados à conclusão da EJA, a etapa vem sofrendo com quedas constantes no número de matrículas e de permanência, e até de oferta de vagas pelo país.
Em 2024, foram registradas apenas 2,4 milhões de matrículas na modalidade, menos da metade das 4,9 milhões de matrículas de 2008. Além disso, mais de mil municípios não incluíram a EJA na oferta de suas redes no ano passado.
A pesquisa também evidenciou que, apensar do avanço da modalidade atreleada à Educação Profissional e Tecnológica (EJA-EPT), a oferta ainda é baixa. Apensas 13% dos municípios ofertaram esta modalidade em 2024.
Mas a oferta não é o único problema a ser enfrentado, já que os jovens com ensino fundamental e médio incompletos têm mais chances de evadir do que migrar para a EJA, segundo o levantamento.
Jovens de 18 a 20 anos com ensino fundamental incompleto, têm 27% de probabilidade de evadir.
O mesmo grupo tem 12,7% chance de migrar para a EJA.
Entre aqueles com o ensino médio incompleto, os índices caem para 6,4% e 1,5%, respectivamente.
O risco de evasão aumenta se o jovem for homem, negro, resida em área rural, tenha menor renda domiciliar per capita e/ou esteja trabalhando.
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