Mark Zuckerberg não quer mais fazer amigos. Agora, ele quer substituí-los por IA

Na tentativa de redefinir a interação humana, a Meta volta os olhos para a inteligência artificial como substituta de laços sociais genuínos.
Em entrevista ao podcaster de tecnologia Dwarkesh Patel, Mark Zuckerberg, CEO da empresa, sugeriu que a IA poderia atuar como solução para um problema que ele mesmo reconhece: a solidão crescente.
“A realidade é que as pessoas simplesmente não têm as conexões e se sentem mais sozinhas na maior parte do tempo do que gostariam”, declarou.
A crise da solidão
Estudos recentes revelam dados preocupantes: 8% dos adultos nos Estados Unidos não têm nenhum amigo, enquanto apenas 32% dos jovens abaixo dos 30 anos afirmam contar com cinco ou mais amigos próximos. Os dados são de uma pesquisa do Pew Research Center de 2023.
A conexão digital se intensificou, mas o vínculo emocional se dissipou. A própria Meta conduziu pesquisas internas que apontam que suas plataformas, incluindo o Facebook, podem agravar a sensação de isolamento.
No entanto, em vez de atuar para fortalecer laços reais, a empresa avança para promover interações com robôs — bots que não dormem, não cancelam encontros, nem deixam mensagens no vácuo. A proposta de “amizades de IA” pode parecer uma solução prática, mas levanta questionamentos sobre os limites da automatização das relações humanas.
O falso dilema das conexões artificiais
A promessa da IA de “preencher o vazio” da ausência de amizades reais parte de uma lógica questionável.
Ainda que haja aplicações positivas — como no apoio a pessoas autistas ou ansiosas, que utilizam bots para treinar interações sociais —, especialistas dizem que a substituição da presença humana por inteligência artificial reduz a complexidade das relações a algoritmos.
Em meio à substituição de interações humanas por simulacros digitais, os profissionais que se destacam são os que compreendem a IA como meio, não como fim.
Esse profissional vai sair na frente
Saber implementar bots que respeitem os limites do humano, desenhar experiências que favoreçam a conexão autêntica e desenvolver tecnologias que não substituam, mas potencializem as relações são habilidades de alto valor no mercado atual.
Para especialistas, a inteligência artificial é, sim, uma aliada. Mas é na inteligência humana — empática, ética e crítica — que reside o maior diferencial de qualquer carreira no século XXI.
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