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Rio de Janeiro,15/05/2025

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'Premonição 6: Laços de Sangue' retoma bem franquia sem decepcionar fãs; g1 já viu

g1.globo.com
'Premonição 6: Laços de Sangue' retoma bem franquia sem decepcionar fãs; g1 já viu


Sexto episódio da série de terror chega aos cinemas após pausa de 14 anos. Filme homenageia Tony Todd, ator que morreu logo após término das filmagens. Iris (Brec Bassinger) prevê uma tragédia numa cena de 'Premonição 6: Laços de Sangue'
Divulgação
Em seus filmes, a franquia "Premonição" tem os mesmos elementos:
Um prólogo marcante mostra uma catástrofe inesperada, onde várias pessoas morrem de forma terrível;
Depois, é revelado que tudo aquilo era, na verdade, uma visão de um personagem prevendo os acontecimentos;
Esse personagem tenta salvar a si mesmo e a outros do destino trágico;
Mesmo assim, os sobreviventes começam a morrer em acidentes estranhos, dolorosos e assustadores;
A responsável pelas mortes é a própria Morte, que vem atrás de quem tentou enganá-la.
"Premonição 6: Laços de Sangue", que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (15), não foge à tradição da franquia iniciada em 2000. O filme oferece todos os itens citados acima, o que por si só já garante a alegria dos fãs do terror.
Mesmo assim, há um frescor que ninguém imaginava que o sexto episódio traria para a série, inativa por 14 anos — "Premonição 5" foi lançado em 2011. Muitos acreditavam que a saga já estivesse tão morta quanto a pilha de vítimas dos cinco capítulos anteriores.
Assista ao trailer do filme "Premonição 6: Laços de Sangue"
No sexto longa, a trama é centrada em Stefani (Kaitlyn Santa Juana), uma jovem que está assombrada com recorrentes pesadelos. Nesses sonhos, ela vê uma tragédia ocorrida num restaurante na década de 1960, no alto de uma torre.
Ela descobre que isso está relacionado a uma antiga premonição de sua avó, Iris (Gabrielle Rose e Brec Bassinger, na juventude), que salvou a si mesma e a outras pessoas devido à visão.
Convicta de que os pesadelos da neta seriam um sinal de que as premonições "passaram de bastão", Iris alerta Stefani de que a Morte está perto de atacar sua família. Também diz que ela deve fazer de tudo para evitar isso.
A protagonista, porém, enfrenta o problema é convencer seus parentes do perigo, já que eles acham que a avó enlouqueceu. Mas não demora muito para que a Morte comece a realizar seus macabros acidentes que visam eliminar os familiares, o que os faz começar a acreditar que Iris não estivesse exagerando. Stefani, então, corre contra o tempo para descobrir uma solução que impeça seu trágico destino e de sua família.
Terror nas alturas
Assim como nos filmes anteriores, "Premonição 6: Laços de Sangue" começa com uma cena chocante, cheia de mortes gráficas. O público vê muito sangue, tripas, membros cortados e outros momentos fortes, já típicos da franquia.
'Premonição 6' marca a última aparição de Tony Todd no cinema antes de sua morte, em 2024
Divulgação
A diferença neste sexto filme é que os diretores Adam Stein e Zach Lipovsky demoram mais para mostrar tudo. Eles aumentam o suspense aos poucos, o que prende ainda mais a atenção. Quando a tragédia acontece, o impacto é maior do que em "Premonição 4" (2009) e "Premonição 5" (2011), já que a tensão é melhor construída.
Um bom exemplo é a cena inicial, que se passa em uma torre panorâmica. Tudo é mostrado com calma, e o momento da catástrofe realmente impressiona — especialmente para quem tem medo de altura. Esse tipo de tensão também aparece em outras partes do filme, como uma cena em um hospital. Mas contar mais estragaria as surpresas.
O roteiro foi escrito por Guy Busick e Lori Evans Taylor, com base em uma ideia deles e de Jon Watts (o diretor dos filmes do "Homem-Aranha" com Tom Holland). A história é inteligente ao criar ligações com eventos dos filmes anteriores, funcionando como uma prequela em algumas partes. Mesmo com falhas, o resultado é interessante.
Apesar do suspense e das boas cenas de morte, "Premonição 6" tem problemas, como personagens pouco desenvolvidos, o que faz com que o público não se envolva muito com o destino deles.
Terrível tragédia em torre é uma das cenas mais impactantes de 'Premonição 6: Laços de Sangue'
Divulgação
Alguns dramas familiares também não ajudam a história (com uma exceção). O roteiro não consegue torná-los mais envolventes. O final, por sua vez, poderia ser mais criativo e manter o impacto do começo. Ainda assim, isso não deve atrapalhar quem só quer um bom filme de terror.
O último suspiro
"Premonição 6: Laços de Sangue" também marca a última aparição do legista William Bludworth, personagem recorrente que apareceu no filme original, em "Premonição 2" (2003) e "Premonição 5" (2011). Interpretado por Tony Todd, ele se tornou uma marca registrada, assim como as mortes elaboradas que fazem a festa dos fãs. Com voz grave e sinistra, o legista é um guia dos personagens para que eles entendam o que estão enfrentando.
Neste sexto capítulo, Bludworth volta a dar suas caras e, mais uma vez, é um dos destaques do episódio, embora apareça menos do que antes. O motivo é que Tony Todd estava bastante frágil devido à sua doença terminal e, por isso, não podia encarar longas filmagens. Mas ele conseguiu dar conta do recado — é emocionante vê-lo em cena. Pouco depois do fim das gravações, em 2024, Todd morreu e, agora, o filme é (merecidamente) dedicado a ele.
Stefani (Kaitlyn Santa Juana) busca uma forma de salvar sua família em 'Premonição 6: Laços de Sangue'
Divulgação
Quanto ao resto do elenco, não há grandes atuações. Richard Harmon, que interpreta Erik, primo da protagonista, se destaca um pouco com uma performance debochada e divertida.
"Premonição 6: Laços de Sangue" não é o melhor da franquia, ficando abaixo do primeiro e do terceiro (com o quinto correndo por fora). Mas é bom o suficiente para satisfazer os que curtem esta saga que mexeu com os conceitos dos "slasher movies", com assassinos em série como o Jason de "Sexta-Feira 13" ou o Michael Myers de "Halloween".
A graça foi colocar o grande matador como algo que não pode ser visto, nem ouvido ou sentido. Essa figura assassina, que não gosta de se sentir enganada, pode estar em todo o lugar. Além disso, o filme abre possibilidades para mais sequências no futuro. Elas devem trazer mais mortes elaboradas e novas correrias dos personagens tentando escapar do destino fatal. Talvez não precise mais do que isso para deixar seus fãs e realizadores satisfeitos.
Cartela resenha crítica g1
g1




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