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Rio de Janeiro,17/07/2025

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Haddad diz que governo vai atrás de compensar R$ 3 bilhões após Moraes derrubar risco sacado

g1.globo.com
Haddad diz que governo vai atrás de compensar R$ 3 bilhões após Moraes derrubar risco sacado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (16) que o governo vai buscar uma nova fonte de compensação para cobrir os cerca de R$ 3 bilhões que deixaram de entrar nos cofres públicos após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspender a cobrança de IOF sobre operações de “risco sacado”.
A modalidade é usada por empresas para antecipar valores de vendas feitas a prazo — um mecanismo importante, principalmente, para pequenos negócios.
"Nós não fechamos a peça orçamentária ainda. Então, esperávamos, mas nós temos espaço para acomodar, inclusive porque há outros projetos de lei avançando no Congresso, outras ideias surgindo, inclusive muito benéficas para o contribuinte, que acabam melhorando a arrecadação para o ano que vem. Mas nós estamos estudando, nós temos prazo até agosto, nós vamos verificar. Nós estamos falando de um orçamento de R$ 2,5 trilhões, estamos falando de R$ 3 bilhões. É um valor que é possível encontrar a solução", afirmou o ministro.
O valor citado pelo ministro é superior à estimativa anterior da equipe econômica, que falava em R$ 1,2 bilhão neste ano e R$ 3,5 bilhões para 2026, com base nas projeções de arrecadação do governo.
O que aconteceu
Na segunda (15), Moraes restabeleceu quase todo o decreto de Lula que aumentava as alíquotas do IOF — imposto cobrado sobre operações financeiras. A única exceção foi justamente a inclusão do risco sacado como nova hipótese de cobrança, o que foi considerado inconstitucional por não ter previsão legal anterior.
Segundo Moraes, o decreto presidencial excedeu os limites do poder regulamentar e invadiu competência do Congresso ao tentar criar uma nova base tributária via decreto.
Governo contava com o dinheiro
O decreto original fazia parte do esforço da Fazenda para aumentar a arrecadação e equilibrar as contas públicas em 2025. Com a exclusão do risco sacado, o governo perde uma parte relevante das receitas previstas com o aumento do IOF.
Apesar de ter caído o risco sacado, continuam valendo os aumentos nas alíquotas para:
Compras internacionais com cartão (de 3,38% para 3,5%);
Compra de moeda estrangeira (de 1,1% para 3,5%);
Empréstimos a empresas (de 0,0041% para 0,0082%);
Previdência VGBL (de 0% para 5%);
Fundos de investimento em crédito (de 0% para 0,38%).




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