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Rio de Janeiro,25/07/2025

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Ações da Toyota disparam mais de 14%, após acordo entre EUA e Japão

g1.globo.com
Ações da Toyota disparam mais de 14%, após acordo entre EUA e Japão


Trump anuncia acordo comercial e reduz tarifas para importações do Japão
As ações da Toyota dispararam mais de 14% na bolsa de Tóquio nesta quarta-feira (23), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar um acordo "gigantesco" com o Japão, na véspera.
Os papéis da companhia também são listados na bolsa de Londres, onde avançaram mais de 6% na sessão, e na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE, na sigla em inglês), na qual operava com um avanço de mais de 13% perto das 14h.
No Brasil, as negociações são feitas por meio de um BDR (certificado emitido no Brasil que representa ações de empresas estrangeiras negociadas no exterior), pelo ticker TMCO34.
Segundo Trump informou na terça-feira (22) em suas redes sociais, o acordo firmado entre os dois países estabelece que o Japão deve investir cerca de US$ 550 bilhões (R$ 3 trilhões) nos EUA nos próximos anos — sendo que 90% dos lucros devem ficar com o país.
"Esse acordo criará centenas de milhares de empregos — nunca houve nada parecido", afirmou o republicano em publicação no Truth Social, indicando que o país asiático também deve abrir seu mercado para os EUA, com potencial para aumentar a exportação de produtores americanos de carros, caminhões, arroz e outros produtos.
O acordo também estabelece que o Japão deve pagar tarifas de 15% sobre os produtos exportados aos Estados Unidos, enquanto os norte-americanos não serão taxados. Antes, o montante era de 27,5%.
A postagem de Trump não mencionou a redução das tarifas sobre os automóveis japoneses, que representam mais de um quarto das exportações do Japão para os EUA — e estão sujeitos a uma tarifa de 25%.
No entanto, a emissora pública japonesa NHK informou que os dois países concordaram em estabelecer a taxa sobre automóveis também em 15%.
O anúncio de Trump veio após uma reunião, nesta terça-feira, com o principal negociador tarifário do Japão, Ryosei Akazawa, na Casa Branca, relatou o jornal japonês Asahi.
A publicação também informou que Akazawa se encontrou com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e com o secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Como parte do acordo, o Japão eliminará testes de segurança adicionais atualmente exigidos para carros e caminhões importados dos EUA, acrescentou Akazawa — exigências que Trump afirmou limitar as vendas de veículos americanos no país.
Algumas negociações de última hora sobre o pacote de investimentos chamativo parecem ter ajudado a selar o acordo, segundo uma foto da reunião entre Akazawa e Trump publicada por um de seus assessores.
Mercado americano reagiu
O Japão é o maior investidor estrangeiro nos Estados Unidos, segundo dados do governo americano, com um volume de investimentos de US$ 819 bilhões no final de 2024.
As montadoras norte-americanas manifestaram descontentamento com o acordo, preocupadas com um regime comercial que diminui as tarifas sobre veículos importados do Japão, mas mantém a taxa de 25% para produtos vindos de suas fábricas e fornecedores localizados no Canadá e no México.
“Qualquer acordo que cobre uma tarifa mais baixa para importações japonesas com praticamente nenhum conteúdo dos EUA do que a tarifa imposta a veículos fabricados na América do Norte com alto conteúdo dos EUA é um mau negócio para a indústria dos EUA e para os trabalhadores automotivos dos EUA”, disse Matt Blunt, presidente do American Automotive Policy Council, que representa as marcas General Motors, a Ford e a Stellantis.
Placa com logo da Toyota.
Raquel Cunha/ Reuters
*Colaboraram André Catto e André Fogaça




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