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Rio de Janeiro,30/04/2025

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'Thunderbolts*' mistura ideias requentadas com narrativa inesperadamente pessoal; g1 já viu

g1.globo.com
'Thunderbolts*' mistura ideias requentadas com narrativa inesperadamente pessoal; g1 já viu


Nova aposta da Marvel tem equipe de personagens azarões com antagonista bizarro que não deveria funcionar, mas funciona. Filme estreia nesta quinta-feira (1ª) no Brasil. Depois de 35 filmes, pode até parecer que não, mas a Marvel até ainda tenta se reinventar – apenas sofre terrivelmente no processo. "Thunderbolts*" é prova disso.
A 36ª aventura da editora estreia nesta quinta-feira (1º) no Brasil, com algumas pré-estreias um dia antes, com uma mistura um pouco desesperadora de ideias requentadas e uma narrativa inesperadamente pessoal.
O encontro de uma equipe de azarões azarados e um dos personagens mais esquisitos criados pela Marvel nas últimas décadas não deveria funcionar, mas funciona – ao segurar um pouco socos e tiros e focar na conexão entre eles.
Ao mesmo tempo, é quase impossível evitar comparações a antecessores dos mais variados níveis de sucesso.
Como uma história sobre um grupo de anti-heróis pouco conhecidos reunido por uma líder inescrupulosa e um inimigo com poderes muito acima dos protagonistas (e outros pontos em comum no campo dos spoilers), o filme exala o perigoso cheiro do péssimo "Esquadrão Suicida" (2016).
Por sorte, há personalidade suficiente em "Thunderbolts*" para que lembre mais um ótimo "Guardiões da Galáxia" (2014). As ausências da trilha sonora matadora e de uma árvore e um guaxinim falantes são compensadas por um final parecido, mas melhor, e uma estrela do calibre de Florence Pugh, de volta como a irmã adotiva da protagonista de "Viúva Negra" (2021).
Assista ao trailer de 'Thunderbolts*'
Quinteto coitado
Como o filme reúne alguns dos heróis mais desajustados – e menos conhecidos – do Universo Cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês), antes mesmo da sinopse é importante apresentá-los:
Yelena Belova - a já mencionada assassina/espiã interpretada por Pugh, apresentada no excelente filme de 2021;
Bucky Barnes, o antigo Soldado Invernal (Sebastian Stan) – o amigo do Capitão América que se torna um assassino que se torna um anti-herói é provavelmente o mais conhecido do bando;
Guardião Vermelho (David Harbour) - pai adotivo de Yelena e a versão soviética do Capitão América;
Agente Americano (Wyatt Russell) - um antigo soldado que também tomou o supersoro do Capitão e que adotou a identidade do herói por um tempo na série "Falcão e o Soldado Invernal" antes de cair em desgraça;
Fantasma (Hannah John-Kamen) - vilã com poder de atravessar objetos de "Homem-Formiga e a Vespa" (2018).
Recrutado como uma espécie de equipe de limpeza de uma nova chefe de inteligência do governo (Julia Louis-Dreyfus), o quinteto se junta quando começa a ser (obviamente) perseguido e, no meio tempo, ainda precisa enfrentar uma das mais poderosas ameaças do MCU.
Hannah John-Kamen, Lewis Pullman, Wyatt Russell, David Harbour, Florence Pugh e Sebastian Stan em cena de 'Thunderbolts*'
Divulgação
O que merecemos
A qualidade da narrativa e do humor varia entre o fraco e o sem graça na maior parte do filme – o que ironicamente ajuda a destacar os poucos acertos do roteiro de Eric Pearson ("Viúva Negra") e Joanna Calo ("The Bear").
Nesse tempo, "Thunderbolts*" se sustenta principalmente no carisma e na química incríveis entre Harbour e a sempre excelente Pugh e dos novatos (de Marvel) Lewis Pullman ("Top Gun: Maverick") e Geraldine Viswanathan ("Garotas em fuga").
O nepo Pullman (filho de Bill, o presidente de "Independence Day") mesmo surpreende, e carrega um personagem fundamental para o sucesso da trama – por mais que seja muito difícil não imaginar como seria a versão de Steven Yeun ("Treta"), que deixou o projeto por conflito de agendas.
No fim, entre idas e vindas de uma história das mais previsíveis, "Thunderbolts*" reflete a própria narrativa ao superar probabilidades insuperáveis graças não a músculos ou poderes, mas ao lado humano de seus protagonistas.
Eles podem não ser o que o gênero de super-heróis (ou o próprio público) precisa agora, mas é – para o bem ou para o mal – o que merecemos.
Geraldine Viswanathan e Julia Louis-Dreyfus em cena de 'Thunderbolts*'
Divulgação
Cartela resenha crítica g1
g1




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