China sinaliza investir R$ 27 bilhões no Brasil em energia, tecnologia, mineração, saúde e logística

Empresas chinesas sinalizaram investimentos de R$ 27 bilhões no Brasil durante a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país. Os anúncios, detalhou a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), consideram aportes de recursos nos setores automotivo, de energia renovável, tecnologia, mineração, saúde, logística e alimentos.
- R$ 6 bilhões da montadora de veículos GWM para expansão de suas operações e exportações para a América do Sul e México;
- R$ 5,6 bilhões da Meituan no setor de delivery;
- R$ 5 bilhões da Envision na produção de combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês) a partir da cana-de-açúcar no Brasil;
- R$ 3,2 bilhões da Mixue com abertura de lojas de sucos e outras bebidas;
- R$ 3 bilhões da CGN em um hub de energia renovável no Piauí;
- R$ 2,4 bilhões da Baiyin com a aquisição da mina de cobre Serrote em Alagoas;
- R$ 1 bilhão da DiDi em infraestrutura de recarga para veículos elétricos;
- R$ 650 milhões da Longsys em semicondutores; e
- R$ 350 milhões da parceria da Nortec Química com três empresas chinesas no setor farmacêutico.
Como mostrou a EXAME, além de fortalecer a parceria comercial para aumentar as exportações brasileiras para a China, Lula quer atrair investimentos de empresas chinesas para o Brasil diante da restrição orçamentária.
Principal parceiro comercial
Segunda maior economia do mundo, a China é o principal parceiro comercial do Brasil e, em 2024, a corrente comercial entre os dois países totalizou US$ 158 bilhões. Esse resultado decorreu de exportações brasileiras de US$ 94,4 bilhões e importações de US$ 63,6 bilhões, o que gerou um superávit de US$ 30,7 bilhões. Esse valor correspondeu a 41,4% do saldo comercial total do Brasil.
Entre os principais produtos vendidos para a China estão a soja, carnes bovina e de aves, celulose, algodão e açúcar.
Estudo recente realizado pela ApexBrasil identificou quase 400 produtos com potencial de exportação para o país asiático, incluindo itens tradicionais da pauta brasileira, como petróleo, minério de ferro e carnes, e produtos de maior valor agregado, como alimentos industrializados, medicamentos, máquinas e bioenergia.
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