A Amazon anunciou um avanço significativo na substituição de trabalhadores de armazém por robôs com seu novo robô Vulcan, que pode "sentir" objetos.

"O Vulcan está ajudando a tornar o trabalho mais seguro ao lidar com tarefas ergonomicamente desafiadoras, enquanto cria oportunidades para nossos colegas desenvolverem suas habilidades em manutenção de robótica", postou o CEO Andy Jassy no X, antigo Twitter.

Já no parágrafo seguinte, a Amazon fala sobre como está treinando um pequeno número de trabalhadores de armazém para se tornarem técnicos de robótica, à medida que usa o robô para mais funções de coleta no armazém.

Novos empregos na era da automação exigirão adaptação

"Esses robôs — que desempenham um papel na conclusão de 75% dos pedidos de clientes — criaram centenas de novas categorias de empregos na Amazon, desde monitores de piso robótico até engenheiros de manutenção de confiabilidade no local", afirmou a empresa em seu blog post, acrescentando que oferece um programa de retreinamento profissional para que alguns trabalhadores adquiram essas habilidades de manutenção robótica.

Embora a Amazon não tenha dito explicitamente, isso obviamente não seria uma conversão na proporção de 1:1. Não seria necessário um exército de humanos para supervisionar os robôs da mesma forma que precisa deles para atender diretamente aos pedidos de armazém. Nem todos teriam a aptidão ou o desejo de se tornarem mecânicos de robôs.

O setor de tecnologia parece ter dois pensamentos quando se trata do lugar dos trabalhadores humanos no mundo movido por inteligência artificial que estão criando: ou pensam que todos os empregos, exceto talvez os deles próprios, serão feitos por robôs (o investidor Marc Andreessen parece pensar que seu trabalho como investidor nunca poderia ser automatizado), ou pensam que os robôs farão o trabalho desagradável e chato, atuando como companheiros humanos em empregos enquanto os humanos fazem novos trabalhos que a revolução dos robôs cria.

O Fórum Econômico Mundial prevê que 92 milhões de funções serão substituídas pelas tendências tecnológicas atuais, mas que 170 milhões de novos empregos serão criados.

Vale lembrar que a Amazon é uma empresa que tentou vender sua tecnologia Amazon Go de just-walk-out, sistema de lojas sem caixas, para um setor varejista/supermercadista mais amplo.

O setor de varejo não é muito fã de seu maior concorrente, a Amazon, e não demonstrou grande interesse. Mais tarde, descobriu-se que a tecnologia estava usando humanos na Índia para assistir e rotular vídeos, e até mesmo a Amazon posteriormente reduziu seu uso.